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Não há bom atendimento sem uma distribuição de excelência

É desafiador encantar um cliente cada dia mais bem informado e comparador.

Com a maior sofisticação de oferecer e entregar produtos a tarefa de distribuí-los ficou mais complexa que em tempos passados. No período em que os custos estavam no altar executivo muitas organizações optaram pela concentração em grandes centros de distribuição.

"Em uma empresa de Bens de Consumo sabia-se para o bem e para o mal o limite da operação. A previsibilidade de vendas e entregas era mais facilmente gerida, pois as embalagens retornáveis limitavam a penetração no mercado. Esta mesma operação com o advento das embalagens descartáveis destravou esta restrição e outras crenças limitadoras."

O contexto atual de negócios e o aumento da fatia do comércio eletrônico tratou de inserir o nível de serviço em um novo patamar, impactando indiretamente aspectos fora de sua esfera virtual. A capilaridade e descentralização voltou a mesa, exigindo a presença de pontos de estocagem mais próximos aos mercados consumidores, ou seja, cadeias mais curtas e ágeis.

Nestes últimos dois anos o modelo de atendimento e entregas de produtos escancarou ainda mais a necessidade de descentralização e menor tempo de entrega. A área logística necessita gerenciar maior presença geográfica e modelos variados, sejam os CDs tradicional, cross-docking, entregas diretas, drop shipment ou dark stores.

Por que devemos readaptar os processos de planejar e programar a distribuição?

Este novo paradigma de competitividade requer soluções mais elaboradas . E não encarar desta forma pode ter severas implicações para o negócio. A distribuição dos estoques por inúmeros pontos pode aumentar substancialmente o nível de capital empregado a ponto de comprometer os resultados de forma decisiva.

Façamos um comparativo:

Qual o Papel do Plano de Distribuição e Programação?

O setor de distribuição precisa ter cadeira nas reuniões de S&OP e S&OE, para planejar e programar o reabastecimento de forma sincronizada vertical (tático com operacional) e horizontalmente com seus pares.

Na verdade, o seu papel precisa ser independente e mediador, desassociado dos naturais interesses de vender a qualquer custo ou produzir ao menor custo. Deve-se questionar a santificação dos KPIs departamentais que manipula padrões de pensamento, enraíza processos ineficazes e comprometem melhores decisões.

No final das contas é a distribuição que se faz responsável pelo posicionamento dos estoques como natural mediador entre nível de serviço e custo de produzir ou comprar.

3 Decisões executivas para melhorar sua distribuição

Decisão 1 – Refundar a Distribuição

Repensar o desenho da malha (network design) a luz da nova estratégia de atendimento. Ter um processo de distribuição e gestão de estoques elevados a sua importância organizacional. Estabelecer uma posição de igualdade com outras forças internas. Treinar e contratar bons profissionais, certificar-se que exista o domínio de conceitos e técnicas que podem ser referência e inspiração. Fundamentos equivocados perpetuam o retrabalho e afasta a boa mudança.

Decisão 2 – Integrar Processos para a Excelência

Não minimizar a complexidade de planejar a distribuição. Considerar as regras de negócio (ex: lead-times, combinações e alternativas de origem e destino, fair share, política e níveis de estoques ideais) modelando processos compatíveis com a inteligência de negócios requerida.

Se há um processo que precisa estar amplamente sincronizado e integrado é a distribuição, conectado com aquisição\produção, vendas e transportes. Elevar e manter alto nível de excelência, utilizando modelos de referência de processos, boas práticas, tendências e inovação;

Decisão 3 – Inovar apoiado em Tecnologia

Implantar soluções digitais e usar a tecnologia como habilitador, alavancador da produtividade e qualidade. Empresas que administram portfólio variado ou grandes volumes e valores não podem competir com soluções de baixa sofisticação e capacidade de resposta;

5 Componentes para planejar e distribuir produtos de forma eficaz:

  1. Assertividade do planejamento de demanda por SKU e nível geográfico;
  2. Planejar o nível de estoques como habilitador do melhor equilíbrio entre atendimento da demanda e custos de aquisição e produção;
  3. Reabastecimento afirmativo no curtíssimo prazo requer precisão na visibilidade de carteira e níveis de estoques físicos e projetados;
  4. Sincronia fina com transportes: compatibilizar necessidade de reposição com regras de otimização de cargas;
  5. Agilizar a operação logística interna: automatizar as operações de recebimento, armazenagem, movimentação e despacho.

Distribuir para conquistar!

SCM-Design Insight Center

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